Talvez, sem as redes sociais virtuais, a vida pudesse seguir, mas sem as conexões presenciais, definitivamente, seria muito árida.
Tenho percebido em mim uma relação de amor e ódio com a internet. Quando menciono “internet”, refiro-me especificamente às redes sociais, mais precisamente ao Instagram, que é a plataforma que mais utilizo. Migrei do Facebook para o Insta e nunca me senti à vontade com o TikTok, felizmente!
A cada dia, uma certa repulsa pelo uso das redes tem ganhado espaço em mim. É evidente o impacto que seu conteúdo causa no meu emocional. Sinto-me ansiosa, como se estivesse sempre em débito, esperando algo de impactante acontecer quando acesso meu perfil.
São tantas as possibilidades que vejo: viagens, lugares para visitar, restaurantes para conhecer, coisas para comprar, livros para ler, procedimentos estéticos... Tudo isso me leva a questionar se estou ficando “para trás”. São cursos para fazer, caminhos infinitos para me tornar uma pessoa mais interessante, cobiçada, desejada, ou até mesmo invejada. E tudo isso, muitas vezes, camuflado por um discurso de necessidade profissional: que preciso desse perfil para atrair clientes (que raramente chegam por ali).
Além disso, não posso ignorar o quanto as redes sociais viciam. Vejo pessoas perdendo momentos de conexão mais profunda, de boas conversas ou até mesmo de silêncios compartilhados.
Desde o Natal, meu acesso ao Instagram ficou muito reduzido, primeiro por falta de tempo e depois por querer estar mais presente com as pessoas ao meu redor. Esse afastamento me fez tão bem que decidi remover o aplicativo do meu celular para evitar a tentação de navegar. Tenho me sentido muito melhor: menos ansiosa, mais presente, mais focada. Sem aquela sensação de frustração por tentar abraçar o mundo e não conseguir.
Por isso, estou seriamente decidida a manter um perfil com postagens programadas, mas sem acessá-lo de forma recorrente. Quero deixar claro para as pessoas como podem me contactar diretamente para agendar um horário, priorizando uma relação mais autêntica e menos mediada pelas telas. Tudo isso para manter essa sanidade mental que a ausencia das redes me trouxe!
Te convido a refletir sobre isso e a experimentar como é a vida com menos scroll...
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