Quase metade (45%) das entrevistadas possuem um diagnóstico de ansiedade, depressão ou outro transtorno mental.
Sete em cada dez pessoas diagnosticadas com depressão e ansiedade são mulheres.
(Fonte: Institute for Health Metrics and Evaluation - 2019)
A ansiedade, o transtorno mais comum no Brasil, faz parte do dia a dia de seis em cada dez mulheres brasileiras, segundo uma pesquisa inédita realizada com 1.078 mulheres, de 18 a 65 anos, em todos os estados do Brasil.
(Fonte: Relatório Esgotadas, Laboratório de Pesquisa Think Olga)
Esses dados alarmantes refletem a realidade da saúde mental de grande parte das mulheres que atuam no mercado de trabalho, ocupando diversos cargos e funções, seja como funcionárias de empresas ou profissionais autônomas, abrangendo diversas idades e classes sociais.
Para agravar ainda mais esse cenário preocupante, o médico Gabor Maté, em seu livro O Mito do Normal, cita um estudo da Escola de Medicina de Harvard que revela que mulheres submetidas a grande pressão no trabalho têm 67% mais chances de infartar do que aquelas com trabalhos menos estressantes.
A verdade é que a rotina da mulher, com sua tripla jornada e inúmeras atribuições e papéis, tem levado a uma deterioração da qualidade de vida, afetando tanto a saúde física quanto mental.
Agir em benefício de si mesma é uma urgência!
Um dos primeiros passos é tomar consciência da necessidade de espaço que precisamos ter. Espaço é algo amplo. Ele envolve desde o espaço físico, externo, interno, corporal, sensorial, mental ou emocional... e, muitas vezes, na rotina conturbada da vida, seja pessoal ou profissional, não conseguimos sequer pensar sobre isso, quanto mais tomar uma atitude intencional para obtê-lo!
Contudo, investir na conquista desse espaço é vital para as mulheres. Em uma recente enquete nas minhas redes sociais, onde perguntei sobre que tipo de espaço elas sentiam necessidade naquela semana, a maioria esmagadora mencionou o espaço de quietude... Sim, ficar quietas, em silêncio, sozinhas... Precisamos disso! Sem filhos, maridos, pais, colegas e chefias!
Mas como atender essa necessidade na vida real?
Pequenas atitudes são de grande valia para nossa saúde mental, como, por exemplo:
- Comunicar aos familiares que precisa de um tempo para si, sem medo e sem culpa;
- Fechar a porta do quarto e se permitir ficar sozinha por alguns minutos, sem acessar o celular ou a televisão;
- Entender que o "fazer nada", mesmo que por pouco tempo, é revigorante e restaura nosso cansaço mental, nos capacitando para seguir adiante nas demandas da vida;
- Parar para respirar;
- Tomar um chá ou um café com calma e em silêncio;
- Sair para uma caminhada, seja no quarteirão ou dentro da empresa - um minuto de sossego, por favor!
- Dirigir sem destino...
Perceba que não estou falando de atividade física ou meditação... Estou falando de se aquietar para encontrar paz no coração! Há quanto tempo você não sente isso?
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